O tempo não existe, dele apenas
percebemos os limites.
Daqui a uns dias começa um
novo ano. Segundo as previsões começará exactamente no dia um de Janeiro. Ao
que parece será um ano com 365 dias. Ainda segundo as previsões mais
abalizadas, terá doze meses repartidos por quatro estações; haverá algum frio e
eventualmente geadas no Inverno e calor no Verão – vaticínios mais precisos
para a nossa latitude, não parece ser geral – a Primavera trará flores e o
Outono vento, chuva e castanhas, e depois frio. Prevê-se que os equinócios e os
solstícios comecem nas datas aprazadas. Segundo parece, no futuro ano, a agulha
magnética indicará o Norte magnético e haverá eleições autárquicas com poucas
alterações em relação a padrões anteriores. Alguns analistas apontam para o
facto das descidas barométricas trazerem mau tempo e das descidas de salários
acentuarem a crise. A receita fiscal irá diminuir com possibilidades de aumento
dos impostos. O Sol nascerá a Nascente e terá o seu ocaso a Poente com a formação,
em alguns lugares privilegiados, de magníficos pôr-do-sol. O desemprego irá
subir bem como o nível de Co2 na atmosfera, para relançar o processo de
reindustrialização. É um dado seguro que haverá um número indeterminado de
casamentos e outro de divórcios. Tal como este ano, o número de óbitos ultrapassará
o de nascimentos e estes serão repartidos entre crianças do género feminino e
masculino. Se o ano for bom haverá vinho de grande qualidade, se não for, bebemo-lo
na mesma (a cerveja continuará a ser melhor fresca). Especialistas há que
avançam com o prognóstico que, apesar da ausência esperada de subsídio, a
maioria terá férias no Verão, principalmente em Agosto, com tendência a passá-las
perto de casa. Prevê-se que no próximo ano o vento sopre sempre do mesmo lado
que sopram as aragens e que as colheitas se façam na época das colheitas. Finalmente,
é convicção generalizada que o próximo ano será o ano 2013 DC, ano esse que,
espero sinceramente, seja para todos vós um: