Quando eu for grande...
... monto a minha mota e voo daqui para fora, vou aos sítios todos, a todo o lado, e só volto à noite para jantar.
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O fim do mundo
Antes que o dia acabe. 27 de Janeiro de 1945. Faz 63 anos que tropas soviéticas descobriram o campo de extermínio de Auschewitz-Birkenau. O dia de todos os horrores. Um tempo que gostaríamos de ver bem longe e enterrado nos livros de história. Mas a história repete-se, umas vezes em tragédia, outras vezes em tragédia.
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Paisagem
O fotógrafo é um amador de paisagens. Um mirone. Alguém que espreita o mundo pelo buraco da lente. Um coleccionador de insectos que espeta, com alfinetes afiados, na cortiça do seu blogue. Se o tiver.
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"O que importa é partir, não é chegar" Torga
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Dos profetas e iluminados
Vivemos num mundo de oráculos, presságios e profecias. Desde sempre. Nascemos com a vontade de acreditar nas virtudes desse acto. A sua absoluta necessidade daria sentido às nossas vidas. Como tal, tudo está determinado, escrito. Impresso em todo o tipo de telas de que dispõe a natureza: estrelas, víscera, ossos, cartas, sonhos, mãos... O problema, é que somos cegos a esses sinais misteriosos. Quase todos. De vez em quando, muito raramente, nasce alguém como nós, mas diferente de nós. Aquele que nasce com os olhos já abertos, um illuminati. Bengala que nos guia, carta astral, GPS. Os profetas servem-nos o porvir e mostram-nos o caminho. Traçam a giz e a sangue o destino que não conseguíamos ver. E é por isso que os seguimos, agradecidos. E é por isso que matamos.
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Arsenal 4/1260
"Vejo os meus dedos metálicos frios clik
Vontade de enferrujar clik
Vejo limalhas de ferro macio
Volumes por carregar
Vejo estas veias estalando, artérias por soldar clik
Vejo nuvens ricas de carbono - diáfanas clik
D'envenenar" clik
GNR clik
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Arsenal 3/1260
A exposição inaugura hoje às 16 horas onde, entre outras, se poderão ver mais de trinta fotografias desta série.
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Arsenal 1/1260
Uma das 1260 fotografias tiradas no Arsenal do Alfeite (antes de ter sido excluído da equipa e da CMA) para a exposição "Na esteira do Arsenal" que inaugura hoje, no Museu da Cidade de Almada. Os trabalhadores do Arsenal estão inquietos em relação ao seu futuro, os trabalhadores precários da CMA também.
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A ver a banda passar
Quando era miúdo, gostava de seguir, passo metrónomo, atrás da banda da minha terra. Íamos em bandos, desdentados e felizes, como os ratos da história. O mundo era muito mais pequeno e o futuro durava até ir para a cama. A banda acabou pouco depois e a minha terra foi ficando cada vez mais pequena.
Se calhar é por isso que, hoje ainda, quando vejo uma banda a passar, fico com o passo bamboleante e uma vontade urgente de ir atrás dela.
Se calhar é por isso que, hoje ainda, quando vejo uma banda a passar, fico com o passo bamboleante e uma vontade urgente de ir atrás dela.
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O eterno retorno.
Nestes tempos conturbados, é importante não esquecer que os fantasmas nunca morrem.
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Paisagem com barco
É uma velha traineira, parada, a seco, longe de casa, do seu porto de Peniche. É o barco que está na paisagem ou é ele que a observa? Contemplação de tábuas que cheira na maresia o tempo em que navegava. Que sonhos sonham os barcos reformados?
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Janela quase discreta
É discreta a janela, o homem não. Pudesse ele ter raios x nos olhos, em vez de holofotes, olhar de broca que prescruta e se põe à escuta, atento e alerta para a casa deserta, ou talvez não.
É discreta a janela, mas tu não, tu olhas lá bem no fundo, queres chegar ao coração.
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Do meu quintal vejo o rio, vejo os pássaros, vejo os bichos.
Da exposição "Semear Salsa ao Reguinho - Projecto de antropologia visual" ainda em exibição na E. S. Cacilhas Tejo e na J. F. de Cacilhas.
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"Têm todos os anjos o vício da queda?"
Da série: "Eu contarei a beleza das estátuas". Fez parte da exposição «Digressões 2008» da F4 - Associação de Imagem e Cultura.
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