Toda a vida me acusaram de andar sempre nas nuvens. É claro que isso era fisicamente impossível, com grande pena minha. As nuvens eram aquelas coisas fantásticas que se viam no céu e as minhas preferidas, claro, eram aquelas enormes que mudavam de forma, um cavalo que a seguir é uma girafa e depois um castelo e agora a cara de um palhaço não uma caveira e olha aquela parece um avião. Mais tarde, na escola, descobri que as nuvens têm nomes, e nomes engraçados: cirrus, cumulus, estratos, nimbus e os nomes misturados. E descobri também que aquelas enormes que mudam de aspecto se chamam afinal cumulonimbus. Também serve.
Agora o que não sabem, é que, finalmente, andei mesmo nas nuvens.