manual de cronologia para principiantes



O essencial do momento presente é a sua fluidez, a forma como o tempo se escapa em areia por entre os dedos, numa mecânica de vasos comunicantes ao contrário, em permanente desequilíbrio, ou no equilíbrio que consiste em o início perseguir o seu termo, num jogo da apanhada, correr o mais que pode, os calcanhares a baterem no rabo, até alcançar o fim, o final absoluto que encerra o círculo em que o princípio e o fim são a mesma coisa, como a serpente que trinca a língua…
Escrever sobre o tempo é uma forma de ocupar o tempo, como se o facto de ele estar ocupado o fizesse abrandar a sua louca correria, assim tipo terapia ocupacional para toxicodependentes em recuperação ou crianças hiperactivas. É que o tempo é uma criança hiperactiva que corre às cegas sem saber por onde vai derrubando tudo na loja de loiças à sua volta no fim único do próprio movimento e, como tal, não há terapia que o sossegue coisa nenhuma, não vi velha nem velhinha não vi velha nem velhão, corre corre cabacinha corre corre cabação, dirá a lebre de Março sempre atrasada.
O tempo corre à velocidade do tempo e ninguém o apanha. E a prática que tem em fazê-lo!? Diria anos de prática se anos fosse uma medida com sentido ou dimensão para falar do tempo, principalmente do que passou, talvez mais mensurável este, sei lá.
Bom, há que tempos que estou aqui a falar do tempo que já não tenho tempo para mais nada, por isso olhem, fico-me por aqui a ver se ainda tenho tempo para ir comer qualquer coisinha. É que há que tempos que não trinco nada…

23 comentários:

PC disse...

Será que desta vez serei a primeira?
Aqui vai um clikzito...

http://www.youtube.com/watch?v=0vTBZzB_gfY&feature=related

E mais outro...

http://www.youtube.com/watch?v=qhU_PT39Ihk

Bjs

Anónimo disse...

Master Zé

Só podia ser mesmo este ...

http://youtu.be/hOMd7CSt0KU

Abraço

13

XuanRata disse...

La imagen remite a un tiempo como mecánica: somos nosotros con nuestra gimnasia diaria quienes lo mantenemos en forma. Si nos detenemos, el tiempo también se para: somos sus amos y nunca al revés.

Fantástica la foto y su engranaje de palabras.

Un abrazo.

mfc disse...

Olha o meu instrumento musical favorito!!
Eu... um exímio tocador de ferrinhos!!

Angel Corrochano disse...

El tiempo nos determina, precipitadamente, sin descanso, empujado por esa locura que es la sociedad.
Gran fábula del tiempo, maestro compadre.
Y en la pared un carrillón muy particular.
Un abrazo

Chapa disse...

A PC roubou-me uma das minhas escolhas óbvias, dedico-lhe esta grande canção de um dos maiores dinossauros.
Gostei muito dese (des)equilíbrio temporal.
http://youtu.be/_K8zehtWsYs

Chapa disse...

Afinal que tempo é o tempo?
http://youtu.be/Ztgu1W5Ns1U

Chapa disse...

Aquela brincadeira anterior, obrigou-me a pesquisar esta versão fabulosa de uma das grandes canções de sempre.
http://youtu.be/vYoet7-qDHI

Choc'inTime disse...

http://www.youtube.com/watch?v=eY-eyZuW_Uk&ob=av3n

Silvares disse...

Ok, vai um clik

http://www.youtube.com/watch?v=ga4wASz39Fc

Silvares disse...

E mais outro

http://www.youtube.com/watch?v=n_CEKlVJoOw&feature=related

este é fofinho.

CybeRider disse...

O tempo, a pior invenção do homem (nem o telemóvel). Atraso-me, fica mais difícil, mas ninguém te deixou esta. E porque o princípio é também o princípio do fim:

http://youtu.be/-3X1ZyL3fe4

Abraço

haideé disse...

La argumentación es la ilusoria percepción de que existe una continuidad percibida como temporal. No hay tal.

En cuanto a las terapias para hiperactivos... –no sé si puede entender bien lo que escribes... el traductor es aún peor que yo :) para traducirlo...– Sería mejor que los que les ponen la etiqueta de hiperactivos se preocuparan de ser más sensibles a las diferencias de los demás. Así no se convertiría a todo el mundo al mismo patrón de comportamiento. Ahora ya no es la iglesia la que impone patrones y aún así existen muchos otros que desde un mal llamado laicismo se convierten en productores de robots.

Y si, critica yo. Y con total consciencia de hacerlo. Eso si, me acerco bastante a entender el porqué de ese comportamiento.

No hay modo de deshacerse de lo que pensamos. Y como el pensamiento es el que nos da la sensación de tiempo... poco va a cambiar si no dejamos de confundir pensar con la verdad.

El triángulo. Ese instrumento musical que tan dulce sonido emite... Interpretando... sólo eso...
Un abrazo :)

Unknown disse...

geometrias intemporais.

mantinha disse...

http://www.youtube.com/watch?v=tTTdJ5FM1mY

IRIS disse...

STOP... making sense... de resto, é agarrar o tempo pelos colarinhos e... ;-)

http://www.youtube.com/watch?v=UrsMph1vhL0

beijo pendular

(ideia "impensável" para uma inusitada fotografia, ou vice-versa, igualmente estimulante :-))

haideé disse...

Dije mal, si hay modo de deshacerse de lo que pensamos... sabiendo que estamos pensando... reconocer que es eso que llamamos pensamiento y descubriendo el intervalo que hay entre cada uno de ellos... de cada intervalo entre palabra y palabra... A ver cuento... 44 he contado a grosso modo... 44 intervalos entre palabras y palabra... si paro el intervalo no hay palabra y si no hay palabra no hay encadenamiento de ideas... y si me doy cuenta de esto resulta que todo es vacío... y en el vacío no hay tiempo... Sólo aquí y ahora...

Por favor, dime dónde están las vidrieras de esa catedral o iglesia. 12 :) y en el medio silencio... silencio... silencio... silencio... silencio... silencio... silencio... silencio... silencio... s.i.l.e.n.c.i.o...

the dear Zé disse...

Haideé, las fotos son tomas de lo belíssimo monasterio de Batalha , Leiria.

beso

alfonso disse...


· Algún día acabaremos con el tiempo. Mientras, sigue con esta serie de estupendas fotos. Andas rondando la abstracción y el minimalismo, que al tiempo le sienta bien.

· abraços

CR & LMA
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haideé disse...

Gracias :)))

PC disse...

Obrigada, Chapa!!! Um grande beijo

Remus disse...

Na semana passada vi um programa na televisão a dizer que o tempo não existe. É uma imaginação humana.

Estou como o mfc, com os ferros da fotografia, começava a tocar ferrinhos.

Sem clique, porque já tem muitos. :-)

L.Reis disse...

O tempo é essa coisa tão detestada, mas que queremos sempre mais? Bem feita para nós que pendurámos a vidinha nos ponteiros de um relógio! :D
Beijo!