Ireland, twentieth century, once more.

Éire, a Irlanda republicana e independente, o ano é 1991 e o barco sulca as águas entre Baltimore e a ilha de Sherkin, na ponta sul da ilha maior. O mês é o de Agosto, deveria ser Verão, se calhar era para os que cá vivem, houve um dia em que até  foi, cá na ilha, Sherkin, um pub, algumas casas, dois automóveis amachucados, uma floresta de fetos, uma praia com vacas e muitas ovelhas, de cara preta e lã farfalhuda, como a Murphy’s, a cerveja aqui do Sul. Irlanda, a ilha esmeralda, nos poucos momentos de sol percebeu-se porquê, no resto é glauca, azul-cinza, chumbo azulado, um baixio no mar Celta, um rochedo escondido pela neblina, só denunciado pelo ondular de cabelos vermelhos como algas flamejantes... Lá ao fundo é Baltimore, Sherkin é para onde se dirige o barco, onde está a máquina fotográfica, não se vê.

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1 comentário:

L.Reis disse...

Cheguei à conclusão que a alma também saliva! :):)
É que comecei a ler as palavras brancas que deixaste por aqui e quando cheguei à parte da "praia com vacas e muitas ovelhas... e do rochedo glauco, azul-cinza, chumbo azulado" e por aí fora a minha alma começou a salivar...de tanto querer um parêntesis assim entre o hoje e o depois, mesmo sem dias de verão. E pronto...e amanhã lá vou eu trabalhar... :):)
Venha mais uma da Irlanda. Fico à espera!

(Já fui espreitar o link que me deixaste...)